Inicia-se a fase de seleção para a representação de Portugal na Bienal de Veneza

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A fase de seleção prévia de candidaturas à representação oficial portuguesa na próxima Exposição Internacional de Arquitetura – Bienal de Veneza, a realizar em 2025, abriu hoje, indica o despacho do Ministério da Cultura publicado em Diário da República.

As candidaturas devem enviadas “até 30 dias corridos” sobre o dia de hoje, data de publicação do despacho.

A apresentação de candidaturas para representar Portugal na Bienal de Veneza de arquitetura passa a ser aberta, e não apenas por convite, como o Ministério da Cultura já anunciara.

Além da “alteração do modelo de seleção da representação oficial portuguesa”, “de forma a garantir uma participação ampla”, a tutela anunciou também, em comunicado, uma nova localização do Pavilhão de Portugal, que deixa assim de ser no Palazzo Franchetti, no Grande Canal de Veneza, para passar ao edifício Fondaco Marcello, junto ao Grande Canal.

A 19.ª Exposição Internacional de Arquitetura — Bienal de Veneza acontece de 10 de maio a 23 de novembro de 2025, conta com a curadoria do arquiteto italiano Carlo Ratti e vai decorrer sob o tema “Intelligens. Natural. Artificial. Coletivo”.

O processo de seleção para a representação portuguesa “passa a incluir, na primeira fase, uma ‘chamada à manifestação de interesse’, permitindo a apresentação de candidaturas a todos os que desejem participar”.

A participação é aberta a arquitetos e profissionais com ligações à área disciplinar da arquitetura, segundo o documento

Na edição passada, tal como em anteriores, realizou-se um concurso limitado, no qual foram convidados a participar arquitetos e estúdios de arquitetura.

“As candidaturas podem ser individuais ou coletivas, podendo apenas ser apresentada uma candidatura por pessoa”, segundo o novo modelo, e serão escolhidas por um grupo “representativo de vários percursos e experiências profissionais no campo disciplinar da arquitetura: Ana Jara, Ana Vaz Milheiro, Diogo Passarinho, Inês Lobo e Luís Santiago Baptista”, como o gabinete da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, já anunciara.

Nesta fase de seleção as candidaturas devem incluir “uma proposta curatorial, até ao limite de 1000 palavras”, currículo “abreviado do candidato ou equipa, até ao limite de 500 palavras”, e “imagem representativa da proposta curatorial em página A4” e formato PDF até 10MB. Devem ser enviadas para o endereço veneza.arquitetura@mc.gov.pt, segundo o despacho.

As propostas curatoriais serão avaliadas de acordo com “qualidade e consistência”, “resposta ao tema”, currículo e “apropriação do espaço do pavilhão”, do qual é também publicada uma planta, em anexo ao despacho.

A segunda fase do concurso seguirá as regras estabelecidas para o modelo anterior de concurso limitado.

A convocatória e coordenação das reuniões do grupo de trabalho são da competência do gabinete da ministra da Cultura, com apoio técnico e logístico da Direção-Geral das Artes.

Na próxima edição da Bienal de Arquitetura, e durante três anos, o pavilhão oficial e Portugal passa a estar instalado no Fondaco Marcello.

“Terminado o contrato de arrendamento com o anterior espaço, o Palazzo Franchetti, o Ministério da Cultura entendeu ser necessário encontrar um novo espaço que garantisse melhores condições expositivas”, refere a tutela, acrescentando que o novo, com uma área de 370 metros quadrados e com “dois espaços abertos e amplos num único piso térreo”, “tem uma localização central, junto ao Grande Canal”.

O Palazzo Franchetti acolhe até ao final de novembro o Pavilhão de Portugal na 60.ª Bienal de Arte de Veneza, onde é mostrado o projeto “Greenhouse”, das curadoras e artistas Mónica de Miranda, Sónia Vaz Borges e Vânia Gala.