Trump retorna à Casa Branca: o que acontece com os processos criminais?

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Os casos que pendem sobre o magnata ficam, agora, em suspenso – pelo menos durante os quatro anos de presidência.

Donald Trump está prestes a regressar à Casa Branca, depois de ter sido eleito para o cargo de 47.º presidente dos Estados Unidos, esta quarta-feira. Com este desfecho, em que pé ficam os processos criminais contra o magnata? Explicamos.

Os casos que pendem sobre Trump ficam, agora, em suspenso – pelo menos durante os quatro anos de presidência.

O magnata foi o primeiro antigo chefe de Estado a enfrentar acusações criminais. Este ano, Trump foi visado em quatro processos em simultâneo, tendo sido inclusivamente condenado pela falsificação de registos de pagamento à estrela pornográfica Stormy Daniels durante a sua campanha presidencial de 2016.

De facto, o presidente-eleito assegurou, a 24 de outubro, que demitiria o procurador especial Jack Smith “dois segundos” depois de tomar posse, recordou a agência Reuters, esta quarta-feira.

Saliente-se que Jack Smith foi o responsável pela investigação ao assalto ao Capitólio e à posse ilegal de documentos confidenciais, retidos na residência de Mar-a-Lago, na Florida, já depois de Trump ter abandonado a presidência. O, na altura, 45.º presidente declarou-se inocente e considerou que as acusações tinham motivações políticas.

Ainda que, como chefe de Estado, tenha autoridade para dispensar Smith e colocar um ponto final nos processos federais contra si, Trump não poderá exercer o mesmo tipo de controlo no caso de Stormy Daniels ou nas acusações de que é alvo na Geórgia, onde terá procurado anular a vitória de Joe Biden, em 2020.

Contudo, o regresso à Casa Branca enquanto 47.º presidente dos Estados Unidos agudiza a improbabilidade de Trump enfrentar consequências legais em qualquer um dos casos durante o seu mandato.

Saliente-se que a sentença no caso de Stormy Daniels está marcada para o próximo dia 26 de novembro, ainda que seja expectável que os advogados de defesa peçam que seja novamente adiada. O magnata poderá enfrentar até quatro anos de prisão.