Tomás Araújo? Não vejo sinais de que esteja apressando o processo.

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Antigo treinador do defesa-central do Benfica satisfeito com a chamada à seleção nacional.

Foi num ‘mar’ de contradições que Tomás Araújo se estreou na seleção nacional. Depois de Roberto Martínez ter dito na semana passada que não queria “queimar etapas” com o central, a verdade é que o jogador do Benfica acabou mesmo por ser chamado à equipa das quinas, rendendo o lesionado Gonçalo Inácio.

A propósito desta convocatória, António Oliveira, que orientou Tomás Araújo no Benfica B, fala de um “movimento normal” do jogador de 22 anos, que estava nos sub-21 e agora é chamado à seleção principal para os jogos com a Polónia e Escócia.

“Não acho que ele esteja a queimar nenhuma etapa. É a sequência lógica dentro do trabalho do Tomás na Federação Portuguesa de Futebol, indo buscar-se um jogador dos sub-21 e que, por curiosidade, é titular na sua equipa. Para muitos, esta pode parecer uma situação contraditória, mas para mim é uma situação perfeitamente normal”, começou por dizer o treinador português, em declarações à Rádio Renascença.

O antigo técnico dos brasileiros do Corinthians destacou ainda o peso que a passagem pelo Gil Vicente teve no crescimento de Tomás Araújo.

“A presença dele no Gil Vicente fez-lhe muito bem. Percebendo-se que não ia ter espaço com o Otamendi e o António [Silva], foi ótimo para ele ter este espaço competitivo. Emocionalmente, o Tomás Araújo cresceu muito no Gil Vicente e esse era o ponto chave que lhe faltava. Tudo o resto estava lá”, finalizou António Oliveira.