Rio de Janeiro decreta estado de emergência em saúde por causa da dengue

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As autoridades do Rio de Janeiro, a segunda cidade mais populosa do Brasil, decretaram hoje o estado de emergência em saúde pública devido ao rápido aumento de casos de dengue, segundo informação divulgada ao dep Informação da Radio Corações de Portugal.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, foram registadas só no mês de janeiro 10.156 ocorrências de casos de dengue na cidade, quase metade dos 22.959 casos registados em todo o ano de 2023. 

Na última sexta-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmaram numa conferência de imprensa que a cidade vive uma epidemia de dengue e que o mês de janeiro bateu o recorde de internamentos, segundo os dados da série histórica que começou em 1974.

A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou um plano de contingência para enfrentar à epidemia da doença, que prevê medidas de assistência à população e combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor que transmite o vírus da dengue.

Entre as medidas anunciadas estão a abertura de dez polos de atendimento, a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue). 

Dados do Ministério da Saúde do Brasil informam que em janeiro no país todo foram registados 262.247 casos prováveis de dengue. 

Em 2023, o país sul-americano registou mais de 1,6 milhões de casos da doença, mais de um quinto de todos os notificados no mundo, e 1.094 mortes, um recorde histórico.

O Brasil começará uma campanha de vacinação pública contra a dengue este mês. O país já divulgou a lista de cerca de 500 cidades que vão receber a vacina contra a dengue, que num primeiro momento deverá dar prioridade a crianças e adolescentes com idade de 10 anos a 14 anos por estarem entre o público com maior número de internamentos devido à doença.

O Brasil prevê receber até 6,2 milhões de doses de uma vacina japonesa contra a dengue em 2024. Porém, por se tratar de uma vacinação que requer duas doses de vacina, esse valor abrange apenas 3,1 milhões de pessoas e é insuficiente para enfrentar a atual explosão de casos.