Executivo da Câmera do Porto discute atualização do tarifário do elétrico

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O executivo da Câmara do Porto delibera na segunda-feira a atualização do tarifário do elétrico histórico, cujos títulos monomodais aumentam um euro em todas as modalidades, à exceção do bilhete de dois dias para adultos, que aumenta dois euros.

Na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esclarece que a atualização, a ser aprovada pelo executivo, terá efeitos a partir do dia 01 de março.

Com esta atualização, o título monomodal Tram City ’tour’ adulto (válido para uma viagem) passa de cinco para seis euros e o mesmo título válido para duas viagens passa de sete para oito euros. O custo do bilhete Tram City tour criança mantém-se inalterado.

Segundo o autarca independente, o aumento dos títulos monomodais “não implica qualquer perturbação na prestação do serviço público de transporte municipal ou intermunicipal de passageiros, nem afeta o equilíbrio económico e financeiro da concessão de serviço público de transporte rodoviário de passageiros operado pela STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto]”.

Já o bilhete de dois dias para adulto aumenta de 10 para 12 euros e o mesmo bilhete para criança aumenta de cinco para seis euros.

Para o cálculo do aumento do tarifário, Rui Moreira esclarece que foi assumida a taxa de atualização máxima fixada pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes para os anos de 2023 e 2024, respetivamente, 6,11% e 6,43%.

“A última atualização verificada nos títulos monomodais do carro elétrico ocorreu a 01 de outubro de 2022, não tendo havido qualquer atualização do preço das tarifas no ano de 2023”, salienta o autarca, notando que o elétrico histórico “constitui um dos ex-líbris da cidade do Porto’.

“Os utilizadores dos títulos monomodais são, na sua maioria, turistas, muitos estrangeiros, que realizam viagens ocasionais pela experiência de viagem num veículo histórico e não pela necessidade de deslocação”, acrescenta.

Rui Moreira destaca que, apesar dos condicionamentos, “por força da interrupção integral da linha 22 e parcial da linha 18” devido às obras do metro, o número de passageiros tem vindo a registar “aumentos significativos”.

A procura por este serviço em 2023 aproximou-se do ano de 2019, tendo registado em agosto e setembro do ano passado “níveis de procura acima dos registados em 2019”, ano anterior à pandemia da covid-19.

Questionada sobre o aumento dos preços, a presidente da STCP disse hoje aos jornalistas, após a cerimónia de apresentação dos novos 48 autocarros elétricos da transportadora, que se trata de “um aumento natural”.

Segundo Cristina Pimentel, a rede de carro elétrico “neste momento, por causa das obras da Metro do Porto, está limitada a metade”.

“Portanto, tem que haver aqui um fator moderador da própria procura, porque nós não temos mais capacidade de aumentar a rede, que está reduzida a metade, e continuamos a ter uma procura muito substantiva”, justificou.

A responsável frisou que em 2023 não houve aumentos e, além da intenção de moderar a procura, o aumento visa que “mais pessoas possam utilizar o carro elétrico com assinatura”, que mantém o preço.

Cristina Pimentel disse ainda estar a trabalhar com a Metro do Porto para que o elétrico possa continuar passar na zona do Bicalho, rumo ao Passeio Alegre, durante a construção da nova ponte para a linha Rubi do metro.