Ainda que apenas 46% dos 902 norte-americanos inquiridos tivesse conhecimento da teoria da conspiração que paira sobre a estrela da pop, um em cada cinco (18%) acredita que a tese levantada pelo apresentador Jesse Watters, da Fox News, é verdadeira.
Um em cada cinco norte-americanos acredita que a cantora Taylor Swift é uma agente do Pentágono envolvida num esquema para garantir que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vence a eleição de 5 de novembro.
Ainda que apenas 46% dos 902 norte-americanos inquiridos tivesse conhecimento da teoria da conspiração que paira sobre a estrela da pop, um em cada cinco (18%) acredita que a tese levantada pelo apresentador Jesse Watters, da Fox News, é verdadeira, segundo os resultados de um estudo sobre a marca da artista no sufrágio, divulgados na quarta-feira pela Universidade de Monmouth.
Contudo, 71% dos contactados afirmou que se identifica com o Partido Republicano, ao passo que 83% indicou que, provavelmente, apoiará o antigo presidente Donald Trump nas eleições. E mais: 73% dos inquiridos que se mostraram a favor da veracidade da teoria da conspiração acreditam, também, que o resultado do sufrágio de 2020 foi fraudulento.
É que, no mês passado, Watters sugeriu que a cantora era um ativo do Departamento de Defesa dos Estados Unidos envolvido numa guerra psicológica, tendo em conta as campanhas do atacante dos Kansas City Chiefs – e seu namorado – Travis Kelce pela Pfizer, uma das farmacêuticas responsáveis pela vacina contra a Covid-19, e o sucesso da digressão The Eras Tour, que impulsionou economias locais.
“A suposta teoria da conspiração sobre a operação psicológica de Taylor Swift tem pernas para andar entre um número razoável de apoiantes de Trump. Muitos que não tinham ouvido falar sobre o tema antes de os entrevistarmos aceitam a ideia como credível. Bem-vindos às eleições de 2024”, disse o diretor do Instituto de Estatísticas da Universidade de Monmouth, Patrick Murray, citado num comunicado da entidade.
Apesar de tudo, dois terços (68%) dos norte-americanos consideraram ser positivo que Taylor Swift encoraje os seus fãs a votar nas próximas eleições. Sublinhe-se, no entanto, que os republicanos mostraram uma postura menos favorável (42%), quando comparados com os democratas (88%) e os independentes (17%).
Recorde-se que, em 2020, a cantora posicionou-se ao lado do atual presidente dos Estados Unidos, que viria a vencer contra Donald Trump. Apesar de a artista ainda não se ter pronunciado quanto às eleições presidenciais de 2024, os aliados do magnata já declararam “guerra” à estrela da pop, acreditando até que a sua relação com Travis Kelce dará, novamente, a vitória a Biden.
Mesmo antes da final do Super Bowl, no qual a equipa do atacante saiu vitoriosa, o candidato republicano tentou pressionar Taylor Swift a posicionar-se a seu lado, tendo argumentado que seria “desleal” caso não o fizesse.
“Assinei e fui responsável pela Lei de Modernização da Música (MMA, na sigla em inglês) pela Taylor Swift e por todos os outros artistas. Joe Biden não fez nada por Taylor e nunca fará. Não há forma de ela apoiar o desonesto Joe Biden, o pior e mais corrupto presidente da história do nosso país, e ser desleal ao homem que lhe rendeu tanto dinheiro. Além disso, gosto do namorado dela, Travis, embora ele seja liberal e provavelmente não me suporte!”, escreveu o magnata, na sua rede social, Truth Social.
Saliente ainda que a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, desvalorizou a tese de Watters, que considerou ser apenas uma “teoria da conspiração”.
“Vamos livrar-nos disso”, apontou, numa referência ao tema ‘Shake It Off’.
Já a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, invocou a Lei Hatch, que proíbe funcionários públicos de se envolver em algumas atividades políticas, ao recusar-se a responder se Biden apareceria com Swift em breve.
“Não vou entrar na agenda do presidente a partir daqui, no que se refere às eleições de 2024”, disse.
Sublinhe-se que Taylor Swift foi quase totalmente apolítica até 2018, quando apoiou dois democratas no Tennessee, onde viveu quando era adolescente.
Já no documentário da Netflix ‘Miss Americana’, que estreou em 2020, a artista lamentou não ter se manifestado contra Trump durante as eleições de 2016.