Israel espera que os aliados ocidentais se lhe juntem para “atacar o Irão” se a República Islâmica atacar o país, disse hoje o chefe da diplomacia israelita aos homólogos francês e britânico.
“Israel espera que a França e o Reino Unido digam ao Irão, clara e publicamente, que é proibido atacar Israel”, afirmou Israel Katz num comunicado citado pela agência francesa AFP.
Paris e Londres também devem dizer a Teerão que “se o Irão atacar, a coligação liderada pelos Estados Unidos se juntará a Israel, não só para o defender, mas também para atacar alvos importantes no Irão”, acrescentou.
Kratz recebeu hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, e britânico, David Lammy.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, Lammy apelou aos parceiros do Médio Oriente para que “escolham a paz” num momento que qualificou como “crucial para a estabilidade global”.
“As próximas horas e dias poderão definir o futuro do Médio Oriente”, afirmou Lammy, citado pelo jornal israelita The Times of Israel.
O regime iraniano prometeu vingança pelo assassinato, em Teerão, do antigo chefe político do Hamas, Ismail Haniye, em 29 de julho.
As autoridades de Teerão insistiram nos últimos dias que a ameaça se mantém, apesar dos apelos à contenção da comunidade internacional.
A situação de ameaças cruzadas complica as perspetivas de negociações entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, segundo a agência espanhola Europa Press.
Katz disse que o Governo israelita está disposto a chegar a um acordo, mas que é o Hamas que procura endurecer a posição em antecipação de um possível ataque iraniano contra Israel.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita insistiu que, se o Irão não parar “a agressão direta e indireta contra Israel”, pagará um preço elevado nos domínios estratégico e económico.
“Esta é a única hipótese de evitar uma guerra total”, afirmou no comunicado, também citado pela agência espanhola EFE.