Javier Tebas, o impulsionador da União Europeia de Clubes, apela à unidade de ação entre as equipas mais pequenas para recuperar o controlo do futebol europeu.
O presidente da LaLiga, Javier Tebas, incentivou, esta quarta-feira, os clubes mais pequenos da Europa a organizarem-se rapidamente em torno da recém-criada União Europeia de Clubes e a “lutarem” para terem uma voz numa UEFA que está “sequestrada” pelos clubes ricos representados pela Associação Europeia de Clubes (ECA),
“A UEFA está refém da elite de que estamos a falar, que dirige a ECA”, afirmou Tebas no Fórum do Futebol Profissional, um evento organizado em Bruxelas pela União dos Clubes Europeus.
Este organismo, criado há seis meses e apoiado pela Comissão Europeia, conta com 102 clubes de 32 países (incluindo 24 espanhóis, nove ingleses, dois alemães e quatro italianos), segundo os organizadores, e pretende tornar-se a voz dos clubes mais pequenos para que tenham mais peso na governação do futebol europeu.
“A forma de libertar a UEFA deste sequestro é a União Europeia de Clubes”, uma associação promovida pela La Liga que “se não for forte dentro de semanas, aconteça o que acontecer, o futuro do futebol europeu será muito negro”.
Tebas referia-se, nesse comentário, à resposta do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) a um tribunal de Madrid sobre a Superliga europeia, que ainda não tem data oficial marcada, mas que se espera que ocorra antes do final do ano.
O presidente da La Liga, advogado de formação, entende que esta decisão pode ter duas direcções: “que o tribunal de Madrid tenha alguma margem de manobra para apoiar a Superliga ou não”.