O repatriamento destes cidadãos, a partir do Egito, ficará a cargo do Estado Português, refere o MNE. Não foi possível resgatar a sobrevivente de ataque que matou família de três portugueses na quarta-feira.
Oito cidadãos sinalizados – dois nacionais e seis familiares – que estavam retidos na Faixa de Gaza já passaram a fronteira de Rafah, esta sexta-feira, e encontram-se a caminho do Cairo, no Egito, onde vão aguardar o regresso a Portugal, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
A tutela informou, ainda, que “uma cidadã palestiniana, com residência em Portugal, optou por permanecer no território”.
O comunicado refere também a “menor que estava autorizada a sair e cujos familiares tragicamente faleceram no bombardeamento da passada quarta-feira”, sublinhando que “não foi possível até ao momento” proceder à sua retirada “devido a dificuldades de comunicação com os seus familiares”.
A tutela refere-se ao único filho sobrevivente da família do luso-israelita Ahmed Ashour, que perdeu a mulher e dois dos três filhos num bombardeamento israelita no sul de Gaza, segundo o anunciado na quarta-feira à noite. As vítimas mortais são Khan Yunis, de 35 anos, a filha, de 12, e o filho, de 6.
A família vivia em Portugal há 9 anos e os três filhos e a mulher regressaram, entretanto, a Gaza porque uma das crianças tinha problemas de saúde e lá teriam mais apoio familiar. Ao bombardeamento sobreviveu uma bebé, Nour, de seis meses, que está em Gaza com os avós – aparentemente, incontactáveis.
“Operação complexa”
A saída decorreu através da passagem de Rafah, aberta para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito. Segundo o MNE, “tratou-se de uma operação complexa levada a cabo pelas autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, coadjuvadas por uma equipa portuguesa que se deslocou esta manhã à fronteira para auxiliar na retirada”.
De acordo com a RTP1, a saída aconteceu por volta das 10 horas da manhã.
O repatriamento destes oito cidadãos, a partir do Egito, ficará a cargo do Estado Português, que assegura alojamento e transporte para território nacional, refere o ministério.
O MNE sublinha ainda que as “Embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação diplomática de Portugal em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, “estiveram em contacto permanente com estes cidadãos, bem como com as respetivas autoridades locais para concretizar a saída em segurança”.
Fonte: Notícias ao Minuto