Chefe da Igreja Ortodoxa russa diz que Rússia deve permitir o regresso daqueles que abandonaram o país por razões ideológicas.
O Patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa russa, defendeu que a Rússia não deve rejeitar as pessoas que deixaram o país após o início da guerra, caso estas regressem com a “consciência de que cometeram um erro”.
Esta posição foi partilhada pelo Patriarca Kirill numa entrevista à agência estatal russa TASS, na qual abordava aqueles que se possam ter afastado da Rússia por razões ideológicas.
“Não se deve afastar uma pessoa que pecou, se ela vier com arrependimento, com consciência da sua culpa. Se as pessoas que deixaram a Rússia e até se manifestaram contra, de alguma forma, em algum lugar, voltarem com a consciência de que realmente cometeram um erro, então a Pátria não pode rejeitá-las”, disse.
“Provavelmente, pode haver alguns problemas de aplicação da lei, o grau de envolvimento destas pessoas em alguma ação criminosa, mas isso não é uma preocupação para um clérigo. E eu digo, sublinho que há pessoas dignas entre eles, pessoas que cometeram um erro, que se assustaram ou que procuraram verdadeiramente encontrar algo mais confortável para si na vida, mas que se confundiram neste caminho. E se vierem para casa arrependidos, o pai tem de os aceitar”, rematou.
Recorde-se que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Fonte: Notícias ao Minuto