Oito ativistas ambientais são detidos após invadirem aeroporto de Frankfurt

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Oito ativistas ambientais foram detidos após invadirem hoje o aeroporto de Frankfurt, o mais movimentado da Alemanha, e terem provocado a suspensão temporária do tráfego aéreo e o cancelamento de cerca de 140 voos.

Sete dos ativistas detidos conseguiram invadir a pista do aeroporto, enquanto um outro ficou preso na vedação de proteção, disse um porta-voz da polícia alemã.

Todas as pistas voltaram a funcionar às 07:50 locais (06:50 em Lisboa), indicou a estrutura aeroportuária num comunicado publicado no seu portal.

Cerca de 140 voos foram cancelados, até ao momento, mas são esperadas novas perturbações ao longo do dia, referiu a nota.

“Condenamos veementemente essas manifestações não autorizadas e reservamo-nos o direito de tomar medidas legais contra os participantes (…). As suas atividades representam um grave perigo para as operações de voo — possivelmente colocando vidas humanas em risco”, referiu o aeroporto de Frankfurt.

A invasão foi reivindicada por ativistas do grupo Letzte Generation (Última Geração), um importante movimento na Alemanha, autor de inúmeras operações espetaculares em nome da defesa do clima.

Uma foto divulgada pelo grupo mostrava um manifestante sentado na pista do aeroporto com uma faixa laranja, na qual estava escrito “o petróleo mata”.

A ação foi realizada para “pedir ao Governo alemão que participe no desenvolvimento e assinatura de um acordo internacional juridicamente vinculativo que regule o abandono global do petróleo, gás e carvão até 2030”, segundo o grupo. O ato faz parte de uma campanha internacional realizada junto com outras organizações, referiu ainda o movimento ambientalista.

Foi a segunda vez em poucos dias que um protesto do grupo causou perturbações num aeroporto alemão.

Na quarta-feira, cinco manifestantes invadiram uma pista no aeroporto de Colónia-Bona, obrigando a uma suspensão de cerca de três horas no tráfego aéreo. Esse protesto resultou no cancelamento de 31 voos.

Registaram-se outros protestos ou tentativas de protesto noutros países europeus na quarta-feira, nomeadamente na Finlândia, na Noruega, na Suíça e em Espanha.