Leões terminam a 24.ª jornada na liderança isolada, ao passo que os dragões conseguem encurtar distâncias para as águias e, assim, ‘sonhar’ com a Liga dos Campeões.
OFC Porto está de volta à discussão, pelo menos, pelo segundo lugar (o último que vale acesso à Liga dos Campeões, neste caso, à terceira pré-eliminatória) da I Liga, graças ao triunfo conquistado, ao início da noite deste domingo, sobre o Benfica, por categórico 5-0, no tão aguardado Clássico relativo á 24.ª jornada.
Um resultado que beneficia, claro está, os dragões, que encurtam a distância na tabela para os encarnados, mas também… o Sporting, que, mesmo tendo ‘pendurado’ o encontro com o Famalicão, termina o fim de semana na liderança isolada do principal escalão do futebol português.
Águia encolhida perante a chama azul e branca
Ciente da importância deste jogo, o FC Porto rubricou um arranque avassalador, de tal maneira que, ao segundo minuto, já dispunha de uma oportunidade clara para se adiantar no marcador, tendo Pepê desviado, de cabeça, um cruzamento de Francisco Conceição para as mãos de Anatoliy Trubin.
Daí em diante, as ocasiões foram-se multiplicando, maioritariamente, para os azuis e brancos. Primeiro, António Silva teve de se aplicar para intercetar um remate perigoso de Wenderson Galeno. Depois, o mesmo Galeno atirou para uma boa defesa do guarda-redes adversário. Mas, à terceira, não perdoou.
Aos 20 minutos, Francisco Conceição cobrou um pontapé de canto, a partir do lado direito do ataque azul e branco, e a bola sobrevoou toda a grande área, perante a passividade da defesa encarnada, antes de ir parar aos pés do ex-Sporting de Braga, que, desta feita, atirou mesmo a contar.
Em vantagem, os homens da casa recusaram ‘descansar à sombra da bananeira’, e foram à procura do segundo. Francisco Conceição esteve verdadeiramente ‘infernal’, na ala direita, e, apenas quatro minutos, ensaiou uma fantástica iniciativa individual, que só não deu golo graças a uma estirada atenta de Trubin.
Do outro lado da ‘barricada’, os encarnados mostraram-se amorfos, para não dizer assustados com a ‘avalanche’ ofensiva dos eternos rivais, e o melhor que conseguiram foi um remate de Casper Tengstedt em zona perigosa, aos 13 minutos, que saiu por cima do alvo, e um ‘disparo’ de Rafa Silva, aos 34, que Diogo Costa defendeu sem grande dificuldade.
Já em cima do intervalo, mais um ‘tiro’ no do ‘porta-aviões’ encarnado. Francisco Conceição (sempre ele), trabalhou na ala e cruzou para a cabeça de Evanilson, que amorteceu para Galeno, que, por sua vez, aproveitou mais uma ‘soneca’ do setor recuado adversário para fazer o gosto ao pé.
Wendell ‘mata’… e Otamendi ‘esfola’
Ao intervalo, Roger Schmidt ‘mexeu’, retirando Morato e Orkun Kokçu para lançar Álvaro Carreras e Florentino Luís, e o Benfica até pareceu exibir algumas melhorias, aproximando-se mais da grande área contrária. No entanto, à primeira oportunidade desde o regresso dos balneários, o FC Porto.
Wenderson Galeno dispôs de todo o tempo do mundo para receber a bola e desferir um cruzamento rasteiro, a partir da ala esquerda do ataque, para os pés de Wendell, que não desperdiçou a oportunidade para consumar o ‘amasso’. Instantes depois, Nicolás Otamendi viu o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho.
Os encarnados ‘desistiram’ por completo do jogo, ao contrário dos azuis e brancos, que aproveitaram a ocasião para meter uma nova ‘mudança’ e ampliar ainda mais a diferença no marcador, por intermédio de Pepê e Danny Loader, que se juntaram à festa, com golos aos, aos 75 e aos 90+1 minutos, respetivamente.
Feitas as contas, com este triunfo, o Sporting (que, horas antes, recebeu e bateu o Farense, por 3-2) termina a ronda na liderança isolada da tabela, com 59 pontos, apesar de ter um jogo em atraso. Segue-se o Benfica, com 58 pontos, o FC Porto, com 52, e, finalmente, o Sporting de Braga, com 49.
Momento do jogo: O FC Porto dominou o jogo desde o primeiro instante, mas a margem mínima não era ‘almofada’ suficiente para descansar. Por isso mesmo, os azuis e brancos foram em busca do segundo golo, que surgiu à beira do apito para o intervalo, novamente, por Wenderson Galeno, num lance em que a defesa do Benfica não ficou nada bem na ‘fotografia’.
Onzes
FC Porto: Diogo Costa; João Mário, Pepe, Otávio Ataíde, Wendell; Nico González, Alan Varela, Pepê; Francisco Conceição, Wenderson Galeno e Evanilson.
Benfica: Anatoliy Trubin; Fredrik Aursnes, António Silva, Nicolás Otamendi, Morato; João Neves, João Mário, Orkun Kokçu; Ángel di María, Rafa Silva e Casper Tengstedt.
Antevisão
A espera chegou ao fim. É já este domingo que o estádio do Dragão vai ser palco daquele que é o mais aguardado encontro de toda a 24.ª jornada do principal escalão do futebol nacional, que irá colocar, frente a frente, Benfica e FC Porto.
Um encontro importante para ambas as equipas, começando pela de Roger Schmidt, líder isolada, com 58 pontos conquistados até ao momento, que irá entrar em campo sabendo o que fez o Sporting, segundo classificado, com dois pontos de desvantagem (e uma partida em atraso), na receção ao Farense.
Os dragões, por seu lado, são terceiros classificados, com 49 pontos, tantos quanto o Sporting de Braga (que, na véspera, derrotou o Estrela da Amadora, por categóricos 3-0), e menos nove do que os eternos rivais, pelo que não podem vacilar se querem continuar a ‘sonhar’ com o título.