O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse, esta quarta-feira, a propósito das alegadas indicações para os hospitais cortarem na despesa, que “a palavra cortes não é correta”, notando que “não há nenhuma orientação de cortar o que quer que seja”.

primeiro-ministro, Luís Montenegro, adiantou, esta quarta-feira, a propósito dos alegados cortes das despesas dos hospitais, que “a palavra cortes não é correta”, notando que “não há nenhuma orientação de cortar o que quer que seja”. Destacou, no entanto, há uma orientação “mais exigente” que se prende com ser “eficiente” e “otimizar recursos”.
Questionado sobre as declarações do líder socialista, José Luís Carneiro, acerca dos alegados cortes das despesas dos hospitais, Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, afirmou: “Aquilo que é preciso dizer é que nós fazemos um investimento muito, muito grande na área da Saúde. O programa orçamental do saúde hoje representa qualquer coisa como 18 mil milhões de euros, cerca de 10 mil milhões de euros mais do que aquilo que era há 10 anos.
E acrescentou: “Significa um esforço financeiro que é muito significativo por parte de todos nós e, portanto, aquilo que se exige, neste momento, é que possamos ser ainda mais eficientes, que possamos ser ainda mais capazes de otimizar tantos recursos financeiros que temos hoje alocados ao sistema da Saúde e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), em particular”.
O primeiro-ministro referiu ainda querer “deixar muito claro” que a orientação do primeiro-ministro é ” a de que nos serviços de saúde não deve haver nenhuma diminuição, nem do serviço, nem da disponibilidade de acesso aos mesmos por parte dos cidadãos”.
Luís Montenegro salientou também ser “falso que haja qualquer orientação no sentido de diminuir a capacidade de disponibilizar serviços e de recuperar até a celeridade com que os mesmos são prestados”.
“É da eficiência que nós podemos tirar de uma melhor gestão do investimento tão significativo que fazemos, que podemos extrair a poupança que nos permite pagar melhor salários e, portanto, ter uma atratividade maior para as carreiras dos profissionais, que prestam serviço também no SNS”, afirmou.
Sobre os alegados cortes nas despesas nos hospitais, o chefe do Governo disse que “a palavra corte não é correta”. “Não há nenhuma orientação no sentido de cortar o que quer que seja. Há uma orientação que é, naturalmente, muito exigente, mas que, creio eu, merece a compreensão de todos no sentido de sermos mais eficientes, no sentido de otimizarmos mais os recursos”.
“Nós não queremos cortar nada. Implica gerir melhor, implica lutar contra o desperdício, implica fazer melhores opções na compra de bens e serviços, para podermos ter os recursos de que precisamos, para podermos ter uma política retributiva, em termos de valorização de carreiras, que seja adequada para podermos atrair e reter mais profissionais de saúde no sistema”, afirmou.
Questionado sobre o pedido de demissão da ministra da Saúde, hoje feito pelo líder do PS, Montenegro repetiu que todos os ministros no Governo contam com a sua confiança.
“Se não tivesse condições, não estava no Governo”, respondeu.
O primeiro-ministro não quis antecipar o que poderá dizer o Presidente da República sobre a saúde, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter prometido falar sobre o setor após as Autárquicas.
“As minhas conversas com o Sr. Presidente da República são conversas com reserva e recato. Naturalmente, aquilo que eu posso dizer é que desse ponto de vista está tudo normal”, afirmou.
De recordar que, esta quarta-feira, foi noticiado de que a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), que é liderada por Álvaro Almeida, terá dado instruções aos hospitais para cortarem na despesa, mesmo que isso implique abrandar o ritmo crescente de cirurgias, consultas e outros cuidados.

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João conceição
 
					
 
			 
			 
			