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A procuradora-geral da República Portuguesa, Lucília Gago, adiantou, esta quinta-feira, que não se sente responsável pela crise política em que Portugal se encontra mergulhado, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, e da consequente dissolução da Assembleia da República. 

Não me sinto responsável por coisa nenhuma. Como disse, a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério Público (MP), no concreto investiga, perante a notícia dos factos, aquilo que deve investigar”, disse a responsável,  à margem de uma conferência sobre violência doméstica na sede da Polícia Judiciária (PJ).

E continuou: “Aquilo que quero dizer é que o MP continuará a fazer as investigações, essa e todas as outras que tem em mãos, naturalmente sem dramatizar.”

Lucília Gago esclareceu ainda que o parágrafo referente à investigação que pende sobre António Costa no Supremo Tribunal de Justiça “diz, com transparência, aquilo que estava em causa no contexto da investigação que está em curso”.

A necessidade foi de transparência, de informação relativamente à investigação que está em curso e, portanto, teria naturalmente de ser colocado, sob pena de, não constando no comunicado, se pudesse afirmar que estava indevidamente a ocultar-se um segmento da maior relevância“, complementou.

A procuradora-geral reiterou que se tratou, assim, de uma ação “em defesa da transparência que à PGR cumpre salvaguardar”. Contudo, não deixou de destacar que as “notas para a imprensa são sempre trabalhadas pelo gabinete de imprensa, como foi o caso”, ainda que em situações “mais melindrosas, mais sensíveis”, sejam acompanhadas “muito de perto na sua redação”. informou a redacao do departamento de informacao da radio coracoes de portugal .