O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que mais de 700 mil soldados russos estão posicionados ao longo da “linha de contacto” na Ucrânia, onde Moscovo tem vindo a conquistar terreno em algumas áreas.
“Há mais de 700 mil soldados na linha da frente”, declarou Putin durante um encontro com os líderes dos grupos parlamentares da Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, sublinhando o “apreço” pelos militares que “correm riscos e dão as suas vidas” no conflito.
O chefe de Estado russo apelou a mais apoio aos combatentes e às famílias dos militares, defendendo propostas como a atribuição de terras aos veteranos da “operação militar especial”, como Moscovo designa a invasão da Ucrânia, em curso desee fevereiro de 2022.
Putin admitiu também integrar ex-combatentes na política, mas rejeitou a imposição de quotas em cargos institucionais.

As declarações de Putin surgem um dia depois de o chefe do Estado-Maior, general Valery Gerasimov, ter assegurado que as forças russas estão a avançar “em praticamente todos os setores” da frente ucraniana.
Desde o início da ofensiva em grande escala, há mais de três anos e meio, Moscovo mobilizou vastos recursos humanos e materiais, enfrentando, no entanto, pesadas perdas militares, segundo estimativas de meios de comunicação independentes.